A casa, onde o poeta da saudade passou sua infância, hoje é um museu dedicado à sua memória. O acervo conta com peças de mobília originais e edições raras do livro As Primaveras. A Casa Casimiro de Abreu, que pertence à Secretaria de Estado de Cultura, é referência na região e ponto turístico de Barra de São João, distrito do município de Casimiro de Abreu. Antes de ser um museu, a casa já foi sede do governo municipal.
O imóvel, localizado na Praça das Primaveras, em Barra de São João, era a residência da família e local de trabalho do pai do poeta, comerciante de madeiras. A casa de um pavimento, construção do período colonial, tem um salão e quatro salas laterais. No quintal, às margens do Rio São João, há duas estátuas de Casimiro, assinadas por Christina Motta. Uma do jovem poeta, sentado à beira do rio, com o olhar ao horizonte. A outra dele, aos oito anos de idade, sintetizando a imagem de seu mais famoso poema, Meus Oito Anos: “Oh! Que saudades que eu tenho/ da aurora da minha vida/ da minha infância querida/ que os anos não trazem mais…” O museu é dividido em duas salas de exposições. Uma abriga mostras temporárias de artistas da região. E a outra mantém uma exposição permanente sobre o poeta, com curadoria da Stella Kaz.
A história de vida de Casimiro de Abreu é contada por meio de textos cronológicos, a partir de documentação reproduzida do acervo da Biblioteca Nacional e da Academia Brasileira de Letras. Nas paredes, há fragmentos de poemas de Casimiro e a reprodução de pinturas e aquarelas da época, de coleções públicas e privadas.
Além disso, é possível assistir ao filme Brasilianas, Meus Oito anos, de Humberto Mauro, 1955. E, ainda, ouvir o áudio-livro 4 Séculos de Poesias do Brasil, em que ator Paulo Autran recita poesias, incluindo o poema Meus Oito Anos.